sábado, 27 de dezembro de 2008

DE NOVO O FUZILEIRO LAU.





Não fora os fuzileiros, e coisas agradáveis há, que nunca não seriam vividas.



Vem isto a propósito de um encontro que há dias tive com um camarada a quem rapidamente dispensei uma admiração muito especial. Trata-se do nosso camarada e amigo Lau, pessoa de tão afável que é, nos leva sem reservas a coloca-lo naquele pedestal que reservamos, só a algumas pessoas. Tinha-mos como principal objectivo, participar no jantar de natal do núcleo de fuzileiros do porto, aproveitei levar um CD do José Campos e Sousa, que me tinha sido por ele solicitado. Não tendo a certeza de o encontrar no evento, envolvi os outros dois que faziam parte do trio que representava da Associação de Fuzileiros, “o Dr. Ilídio Neves e o Sarg. Couto”, propondo-lhes uma visita ao camarada ainda não conhecido pessoalmente por eles, ao que de imediato acederam. Surgiu entretanto um problema: o contacto tinha ficado em Lisboa. Mas como se aprendeu nos Fuzos, que os objectivos são para conquistar, não baixámos os braços e acto continuo contactei um outro camarada, que vivendo na sua área me podia servir de guia para o propósito em causa.



A estratégia resultou em cheio porque mesmo não sabendo de tal criatura, ia tentar desbravar a mata que nos estava a dificultar a progressão, passado poucos minutos, chega-nos a informação de que um outro camarada de nome Pinto conhecia o seu estabelecimento. Sugeriu-me que fossemos ter com ele a uma sociedade em Vila Nova de Gaia (Rechousa) que dava pelo nome de Associação Recreativa de Canelas.



Fomos ai recepcionados, por seis camaradas que entusiasticamente nos receberam, levando-nos de imediato a conhecer as instalações, tendo como agradável surpresa um espaço privilegiado muito bem decorado e acolhedor onde se enfatiza o orgulho de Fuzileiro. Daqui lhes endereço os meus parabéns, porque vai certamente congregar e reactivar outros camaradas da região.



Entretanto, fomos convidados para ir com eles almoçar, o que foi aceite, dado que estava a chegar a hora. O almoço foi recheado de um menu tal, para o qual, nem é preciso ter apetite. Algo falhou no fim do repasto o que não é normal acontecer nos fuzos, que foi, quando se tratou de pagar o que era nosso propósito, não nos deixaram, mas nem sequer permitiram que fossemos solidários.



Depois destas simpáticas emboscadas, progredimos decisivamente para aquele que era agora o objectivo primeiro, levar o CD ao Lau. O estabelecimento estava fechado, mas rapidamente se ultrapassou o obstáculo e passado pouco tempo estamos no objectivo. Fomos recebidos com uma alegria incontida. Primeiro pelo Peniche, seu cunhado, depois a esposa do procurado um pouco perplexa, chama pelo marido, enquanto a sossegava de que não se tratava de nenhum assalto! Ao fundo aparece o nosso camarada, transbordando de alegria que quase o sufocava.



Por sua causa, estavam ali reunidos onze Fuzileiros, o que para ele era impensável que alguma vez pudesse acontecer. O que se seguiu, foi por todos os presentes, vivido de forma especial, contagiados que estavam por toda a alegria que o Lau a Esposa e o Peniche irradiavam. São momentos que raramente se vivem tão intensamente.



O facto de lhe interromper-mos o seu preparo para participar no evento do núcleo do porto, para o qual é necessário uma programação atempada, não o deixou atrapalhado transpirando uma evidente preparação de Fuzileiro.



São estas as verdadeiras lições de vida, que nos tornam muito pequeninos, porque o Lau é um gigante.



Admiro tua força de viver
E a alegria que nos ofereces
Porque conseguiste sobreviver
Da tragédia que não esqueces

Ser teu amigo é regalia
Nem de todos ao alcance
Teu sorriso tem magia
Como música que se dance

Um abraço anfíbio deste camarada Fuzo.

Mário Manso

1 comentário:

Neyde Susana disse...

Valeu a pena a espera!!Depois de ler estas linhas,consigo acreditar que ainda há pessoas que se preocupam com o seu semelhante,e que a Amizade verdadeira não pode desaparecer.
Bem haja Sr.Mário!

Neyde