quinta-feira, 25 de março de 2010

DEMOCRACIA, FANTASIA, OU HIPOCRISIA?


Quando escrevo qualquer coisa, não tenho outras pretensões que não seja o de dar a alguém que me queira dispensar algum do seu tempo, a hipótese de me chamar os nomes que quiser, se não achou qualquer jeito á treta entretanto trespassada, o que não é difícil acontecer, porque não chega ser Português com orgulho, para que me faça entender como eu gostava. É certo, que todos vamos estando fartos de algumas lamúrias, quantas não são, as crónicas escritas, e bem, por sabedores das matérias apresentadas, mas que afinal, nem essas surdem qualquer efeito.
Seja nos jornais, na TV ou na Net, há uma imensidão de artigos, e confronto de ideias que descamisam, de tal maneira os assuntos, que a ninguém é difícil ver, que está ali uma espiga desnudada, já com os milhos comidos e tudo, mas não acontece nada. A corrupção alastra, a justiça não funciona, ou só, a contento de alguns. Transforma-se mesmo, a verdade em mentira, e quantas vezes o contrario, será que é uma arte? Mas para que as coisas se passem desta maneira, é preciso ter dinheiro ou outro tipo de poder, mas o povo, não tem uma coisa nem outra, ou se tem um desses domínios quando o utiliza está a sufragar os malandros os ladrões os corruptos, ou seja: estamos a passar-lhes os salvos condutos para fazerem o que quiserem, fazendo muito pouco ou nada, do que melhor prometem, mas logo, o de não os podermos chamar pelos verdadeiros nomes, a não ser por aqueles porque estão registados, se é que todos estão! Mas acreditamos, que todos têm pai.
Leva-se a economia à falência, os bancos ficam na ruína, e não se pede contas aos responsáveis, confiscando se necessário, os bens desses descarados artistas medíocres de valores morais. Mas de que princípios são feitas, essas dejectas leis, que só servem para fecundar a grande maioria deste povo, potenciais marionetes nas mãos destes fazedores de legislações, que na sua aplicação cada erudito lhe dá a sua interpretação e quem se f... é o mexilhão.
Encharcam as falências mais convenientes com os milhões, que não lhes pertencem, porque alguns dos depositantes são uns coitadinhos que se fartaram de serem imaginativos, e dar ao coco para arranjarem as ditas e desditas fortunas. Estas injecções são para se salvarem a si, e aos amigos, veja-se se o sr. mais poderoso, ficou entalado! E quantos mais não houve, que terão embarcado naquele comboio imaginativo de alta velocidade? Felizmente, temos as democracias imaginativas, sim!.. Temos as autarquias, para nos darem exemplos de transparência, nada de corrupção, nada de cheques, só com dinheiro na mão. Temos um: que morais! E quantos mais? Sugam os seus Munícipes sem que estes tenham direito a dizer basta, e quando o podem fazer, qual é o comportamento! Elegem-nos de novo. São estes os valores de um povo, que quanto mais mal tratado é, melhor se sente! Será apoiando a corrupção que se salvará a Nação? Povo burro que se move com esta aferição, não merece consideração, e alguns políticos não perdem a ocasião.
É esta a democracia que temos e que de certa forma, funciona paredes meias com as outras, neste mundo de manhosos, e que, em muito pouco divergem entre si. Um homem rouba para comer, leva a sério para exemplo, o outro rouba para aumentar o bolo extorquido e é absolvido. Um levanta a voz contra a pobreza, e deixa de ser uma posição com nobreza, o ladrão atascasse na riqueza e é tratado com delicadeza, outros, sem dinheiro para o transporte, e ao lado vários com carros de porte. Pode-se barafustar dizer que se tem fome, mas nas listas dos contemplados, não existe o nome. É-se atacado, não se pode defender e às mãos do assassino tem de morrer, nem todos tem o direito a se resguardar. A Policia, tem que primeiro levar para poder atirar, mesmo assim, sujeito a processo disciplinar. Um bairro ou uma qualquer zona delimitada, não tem segurança, apenas assaltos, assaltos, e policia nada, enquanto a outros, não lhes falta um minuto que seja do dia o polícia à porta, mas então que democracia de merda é esta, em que uns tem direito a tudo e os outros a nada, mudem esta trapalhada, porque a grande maioria está fora da jogada.
Estou mesmo, muito descrente com certo tipo de gente, e não estou certo que alguém tenha que acertar as contas, porque os exemplos de quem na terra apregoa, que no dia do juízo final todos serão chamados á razão, são parcos de exemplos, para que se acredite que assim será.
Mesmo sendo um mundo “ou seita” de características muito especiais projectora de bons exemplos, "palavras levas o vento" somos constantemente assaltados por notícias cujos progenitores são homens ligados a uma instituição que todos os dias apregoa a palavra de Deus, mas cujas práticas de alguns, são a negação, e não resistem ao poder da luxúria. Nada de pedófilas, ou de convites às suas paroquianas, prometem abstinência a várias coisas, e até à riqueza, e o que é que se vê? Reformas de milhares. Chega-se de burro para tomar conta da paróquia, e passado pouco tempo, transportam-se em portentosos cavalos, essa do olha para o que eu digo, não para o que eu faço, é uma grade treta, com que vão adormecendo o pessoal. Acabe-se com a guerra, gritam aos quatro ventos, mas não terminam com os seus investimentos, nos negócios de armas.
Pergunto: onde há uma democracia sem hipocrisia? Existem várias utopias, mas esta nossa vida é uma realidade, então, que cada um pense, o que está à sua mão fazer, para dar a volta ao texto começando mesmo, por este que acabei de escrever mesmo que nada tenha de didáctico.
Temos que unir esforços, antes que a maioria deste povo seja cilindrado. Será que não merecemos melhor? Então porque não fazer um esforço, as coisas não aparecem se não lutarmos por elas!

Eu vou-me indignando, o que já não é chita.

Um abraço meus amigos.

Mário Manso

1 comentário:

Anónimo disse...

Apoiado Amigo Mário Manso.
As palavras leva-as o vento de facto mas se ficamos calados tornamo nos coniventes com a bandalheira a que isto chegou.
Um abraço
Virgilio Miranda