sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Alguns reparos.

Aproxima-se o acto eleitoral, este, pela primeira vez fruto da extinção dos órgãos sociais, pelo Senhor Presidente da mesa da Assembleia Geral em reunião convocada, estranhamente, pelo vice-presidente em exercício, e pelo Presidente do Conselho Fiscal. Foi efectivamente, para a maioria dos elementos presentes na reunião uma surpresa, o que não o terá sido eventualmente, para outros e quem sabe, mesmo para quem não pertencia aos órgãos sociais.

Já no mandato do biénio 2002/2004, houve uma situação, mais crítica do que, a que foi desta vez “provocada” porque o presidente sofreu um acidente cerebral, o vice-presidente ficou inoperativo também por razões de saúde, e o secretário faleceu. Aqui, funcionou o esforço a solidariedade, e como baluarte, esteve sempre a lealdade de alguns elementos que se agigantaram conseguindo gerir a Associação até ao acto eleitoral previsto, que temporalmente era mais ou menos o de agora, só que as ambições que se perfilavam eram bem diferentes.
Desta vez, era preciso incendiar o bom relacionamento que o momento exigia, e criar focos de animosidades. Pensa-se até, que actuações previamente estudados.
O factor surpresa, foi e continua a ser, uma forma utilizado pelos Fuzos para aniquilar o inimigo e conquistar o objectivo, não se esperava que tal manha fosse posta em prática contra os seus próprios camaradas. Isto não foi jogo limpo, e se o objectivo era conquistar a Associação desta forma, a instituição e os seus sócios, não mereciam tanta falta de lealdade, uma palavra, com conteúdo muito caro aos Fuzileiros, uma família, que apadrinha quem gosta da sua forma de estar. Não há passador que elimine todas as impurezas, e sempre aparece um infiltrado que como o nome indica, fugiu ao controlo, que se pauta apenas, por acreditar no camarada, mesmo que mentindo, tenha dito ser Fz sem o ser! Não sei! Mas acreditar na sincedidade de uma qualquer gente, tem os seus perigos, quando se lida com determinado tipo de pessoas, quando não fala sinceramente, de forma objectiva e consciente, como depois se vem a constatar.
Uma qualquer associação para que perdure tenha aderentes e colaboradores, tem que ter vida associativa, e não só o nome. Que eventos! Que iniciativas! Que formas para cativar os mais renitentes a fazer parte do grupo! Tem que se ser criativo para que os sócios se não se sintam apenas, com o direito de pagar as quotas. A Associação de Fuzileiros também faz a diferença, pelo tipo de sócios que tem, vejamos então: os simpatizantes, são também do melhor que tem, que se lhe oferece? que não seja darmos-lhes a possibilidade de estarem ligados associativamente a pessoas de quem gostam! Mas é pouco, tem que se pensar em alterar os estatutos, para que lhe possibilitem uma outra participação na vida da sua associação. Não irem para os corpos sociais, isso é evidente e pacífico, menos não o é, quando não podem participar nos trabalhos das assembleias, penso que ao intervirem, dariam um contributo mais desapaixonado, o que seria certamente benéfico. Há lacunas que começam a ter barbas já brancas, por exemplo: quando é que a Associação se fez representar, na partida e chegada dos nossos Fuzos em missões no estrangeiro? E porque se não convidam os homens que em cada juramento conquistaram a boina, a fazer uma visita à Associação oferecendo-lhe nem que seja, um moscatel de Setúbal, na falta de uma camisola da casa! Quando é que se sensibilizaram os responsáveis dos cursos para se poder dar uma palestra para que o espírito entre velhos e novos saia reforçado! É preciso mostrar-lhes que a instituição é de todos (sejam ou não sócios) e não apenas dos ex. combatentes. Criar mesmo uma quota facultativa de15 ou 20,00 € para quem está no activo e queira, usufruir dessa prorrogativa. Felizmente que já se acabou com a jóia, que por ser um absurdo, alguns camaradas se não fizeram sócios.
Há de facto muitas coisas a fazer, para se atingir os objectivos que os fuzileiros merecem, também, através de uma prática mais participativa de uma Associação civilizada.
Mário Manso

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